Anankê – Promovendo Saúde Mental em Brasília desde 1991

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NÃO ÀS PORTAS GIRATÓRIAS SIM AO DIREITO DE CONVÍVIO SÓCIO FAMILIAR

Cerca de 10 anos antes da promulgação da lei 10.216 de 26 de Abril de 2001, a
chamada Lei da Reforma Psiquiátrica Brasileira, o ANANKÊ abria suas portas para
acolher e tratar, em seu Centro Convivência, pacientes e familiares em intenso
sofrimento psíquico.

Em nossa Unidade de Intervenção em Crise – UIC que sustentamos por 8 anos:
2012 a 2020, a manutenção dos vínculos terapêuticos já estabelecidos, a internação
somente em casos de riscos para o paciente ou terceiros, assim como a ênfase na
importância dos tratamentos de longo prazo em unidades abertas, eram princípios
rigorosamente observados.

Preservar o convívio sócio familiar dos pacientes, fornecendo os cuidados e o suporte
necessário para o atravessamento das crises e o enfrentamento diário com o
adoecimento psíquico, 33 anos depois continua sendo nossa premissa.
Seguimos na resistência: insistindo nos tratamentos de longo prazo em nosso Centro
de Convivência e em nosso Ambulatório, lidando com imensas dificuldades para que
os que sofrem com adoecimentos psíquicos graves possam ser respeitados e
considerados cidadãos de direito.

É bem verdade que as internações que se prolongavam por uma vida inteira reduziram
drasticamente com a reforma mas, as “PORTAS GIRATÓRIAS” isto é, as internações
abusivamente recorrentes, fenômeno tão comum no pós reforma, acabam produzindo
os mesmos efeitos deletérios do processo asilar.

Por isso reafirmamos em alto e bom som:
NÃO ÀS PORTAS GIRATÓRIAS
SIM AO DIREITO DE CONVÍVIO SÓCIO FAMILIAR